1. INTRODUÇÃO
Para
podermos começar a diversidade é a essência do Brasil, desde sua colonização e
não descoberta já que era habitado por seu povo nativo conhecidos como
ameríndios. A diversidade do Brasil se deu após a colonização e se deu por
conta de vários tipos de métodos dentre eles a escravização do povo nativo e
introdução de escravos africanos. Como se pode perceber a colonização
brasileira se deu por vários crimes contra as pessoas e assim começou-se a
diversidade brasileira, ela começou dentro da senzala.
Após
a promulgação da Lei Aurea, os escravos livres, começou-se a imigração de
outros povos dentre eles italianos, alemães e japoneses que vieram para o
Brasil atrás de oportunidades de emprego em lavouras de café. Como o país não
tinha estrutura para comportar essa grande quantidade de imigrantes vários
deles ficaram jogados pela sociedade ou eram realocados para dentro das
senzalas desativadas, e mais uma vez a diversidade do brasil se veio dentro de
senzalas.
Ao longo da História, determinados padrões culturais foram se
desenvolvendo no país, como resultado da formação de uma população
culturalmente diversificada e miscigenada pelos casamentos inter-raciais.
(Fleury, 2000)
O
resultado de toda essa interação no Brasil resulta na grande diversificação brasileira
em que as culturas são misturadas mais do que em qualquer lugar do mundo. Por
mais que a diversidade seja algo bom para a sociedade, o modo como essa
diversidade surgiu se tornou um problema para as gerações futuras. Como a
miscigenação brasileira foi algo traumático, com ela veio o preconceito da alta
classe e se expandiu até a baixa classe onde algumas pessoas podem sentir nojo,
repulsa e até mesmo vergonha de pessoas diferentes.
O
ponto que se deve chamar a atenção é a diversidade nas organizações e como é
administrado a diversidade dentro delas e quais os problemas da diversidade.
Para isso será feito um estudo em artigos sobre a diversidade e o que ocorre
dentro das empresas.
2. Referencial teórico
2.1. A diversidade
A
parte fundamental para a empresa são seus funcionários e como eles podem lidar
com seus possíveis clientes. Dessa forma fazem diversos tipos de seleções para
adquirir o melhor funcionário para atender essa expectativa, dentro desse tipo
de seleção tem a diversidade dos contratados.
Possivelmente
por conta de um ideal de tecnicismo, as organizações adotam uma visão de
homogeneidade no seu cotidiano: lidam com seus empregados como se suas
diferenças pudessem desaparecer sob a formalidade das posições hierárquicas.
(Saraiva e Irigaray, 2009)
Recentemente
com a popularidade dos movimentos sociais as organizações se viram obrigadas a
diversificar suas contratações e darem oportunidades iguais para todos e que
métodos segregatícios não funcionam e que o importante é as habilidades de seus
funcionários.
Central a essa proposta é a noção de que a diversidade
presente nas organizações provocará impactos tanto em termos da eficácia
organizacional como individual e de que o contexto organizacional é relevante
para determinar se esse impacto será positivo ou negativo. (Fleury, 2000)
O tema da desigualdade racial e sexual tem sido objeto de
intensa discussão no Brasil, levada adiante por grupos defensores dos negros,
mulheres e homossexuais. Os debates atingem mais a mídia, repercutindo sobre as
esferas governamentais, com poucas medidas concretas, entretanto, sendo tomadas
a respeito. (Fleury, 2000)
Mesmo
com esses movimentos pouca coisa tem sido feita, isso se reflete na pouca
representatividade das mulheres, negros, LGBT+ no mercado de trabalho onde
quando se existe alguma representação é o fato de que ao ser incluído em uma
dessas classes você tem que ser o melhor e nunca dentro da média. Por esse
motivo o crescimento desses movimentos se tornou cada vez mais importante para
a classe e pela luta de direitos iguais.
2.2. Críticas a
diversidade nas organizações
As
organizações ainda não estão preparadas para uma mudança de conceitos tão
repentina e ainda amargam o preconceito em relação ao século XXI em que as pessoas
lutam por direitos iguais e justos para todos. Por mais que alguns estudos
mostrem melhoras ao se introduzir a diversidade e implementar de fato empresas
mais tradicionais ainda são gerenciadas e tem o padrão alta classe como
administradores.
Desde 1995 o governo brasileiro vem manifestado interesse no
combate à discriminação no mercado de trabalho. Para tanto, solicitou a
cooperação técnica da OIT no sentido de efetivar e implementar políticas que
promovessem a igualdade de oportunidades e de tratamento no emprego e na
ocupação. (Galeão-Silva e Alves, 2004)
A
diversidade aplicada fora do Brasil não pode ser considerada válida para o
contexto empresarial brasileiro já que a diversidade tem origens diferentes e
um contexto muito mais diferente.
A
gestão da diversidade, quando importada para o contexto brasileiro, é
convertida tendo por base duas ideologias tipicamente nacionais, a saber: a
ideologia tecnocrática e a ideologia da democracia brasileira.
(Galeão-Silva e Alves, 2004)
(Galeão-Silva e Alves, 2004)
A
ideologia tecnocrática é a tentativa da empresa se manter neutra diante das
diversidades e procurar a qualificação técnicas dos colaboradores de forma a
beneficiar a produção. A ideologia da democracia brasileira é a ideia de que
existe uma vivencia harmônica entre brancos, índios e negros sendo que isso é
praticamente um mito já que para isso acontecer o preconceito criado a partir
da colonização do Brasil teria que deixar de existir. “O mito da democracia racial
passou a anunciar o Brasil como o país da convivência harmônica entre brancos,
negros e índios. ”
(Galeão-Silva e Alves, 2004).
(Galeão-Silva e Alves, 2004).
3. Conclusão
Para
que a diversidade ajude as empresas e faça o papel principal de inclusão é
necessária a boa vontade das empresas em querer diversificar as pessoas e mudar
alguns conceitos antigos. Politicas publicas também se tornam importantes para
a inclusão e justiça para essas pessoas que buscam apenas serem tratadas de
forma similar e justa dentro dessas organizações. Por mais que o passado tenha
sido caótico para chegar ao ponto que o Brasil se tornou hoje, ações inclusivas
são necessárias para mudar aos poucos essa mancha na história e ser justa com
essas pessoas.
4.
Referencias
MARIA
TEREZA LEME FLEURY. GERENCIANDO A DIVERSIDADE CULTURAL: experiências de empresas
brasileiras, RAE - Revista de Administração de Empresas. São Paulo. Volume 40,
página 18-25. Julho/setembro. 2000.
LUIZ ALEX SILVA SARAIVA. HÉLIO
ARTUR DOS REIS IRIGARAY, Políticas De Diversidade Nas Organizações: Uma Questão
De Discurso? - RAE
- Revista de Administração de Empresas. São Paulo. Volume 49, página 337-349. Julho/setembro.
2009.
LUIS GUILHERME GALEÃO-SILVA. MARIO
AQUINO ALVES. A Crítica Da Gestão Da Diversidade Nas Organizações - RAE - Revista de
Administração de Empresas. São Paulo. Volume 44, página 20-29. Julho/setembro.
2004.
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