Bom dia, caro leitor do blog, vamos conversar sobre um pouco de
filosofia hoje.
Quem
você acha que descreve melhor seu jeito de pensar? Para mim,
Maquiavel me representa bastante, a máxima “os fins justificam os
meios” me atrai. Particularmente coloco meus ideais acima dos
demais e acredito que devo me utilizar das ferramentas necessárias
para atingir meus objetivos, posso dizer que dependendo dos meios
utilizados para chegar ao objetivo, eles podem ser moralmente
reprováveis, porém quantas pessoas no seu intimo não acreditam
nisso? Pessoas que são capazes de trair, manipular, mentir contra
uma pessoa por achar que irá ser prejudicado em algum momento, dessa
forma percebemos que a sociedade é hipócrita em sua essência e
para domar seus desejos e instintos animais somos “adestrados”
pela escola ou religião, assim podemos dizer que Rousseau estava
certo quando afirmou que o homem na natureza era livre de verdade,
entretanto quando se uniu em sociedade foi corrompido e atualmente
estamos em um ponto sem volta e somos obrigados a abrir mão da plena
liberdade em troca de uma “liberdade limitada” onde tudo posso
mas nem tudo me convêm.
A
moral vigente parte da classe dominante que nem sempre é a maioria
da população e sim de quem é mais respeitado em sua sociedade ou
seja os mais influentes socialmente. Voltando a Maquiavel a
justificativa para atingir o objetivo de adestrar a sociedade é por
meio do fornecimento de ensino e religião as classes mais baixas
para então validar o poder da classe dominante e assim fazendo com
que até mesmo a classe dominada apoie essa ideia de divisão.
Maquiavel era um republicano, afinal teve sua grandeza na republica
de Florença como um tipo de diplomata entre os reinos, na obra “O
Príncipe” aprendemos como os poderosos assumem e se mantém no
poder, nisso os detentores do poder abdicam de sua moralidade pessoal
e social para fazer com que possam atingir o objetivo de sua
governança ou seja seu povo.
Hoje
vivemos num sistema republicano tripartite com um poder moderador
(Poder Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador com nome de
Ministério Público) ou seja um “Leviatã” tal como Hobbes
definiu, esse poder faz que todos se mantenham na linha pois ele não
pode ser combatido nem suprimido. Nosso Leviatã possui um servo
favorito e esse é aquele que possui os meios de produção e
controla a renda e também possui grande influencia socialmente.
Espinoza acreditava que tudo já era premeditado e inevitável, o
livre arbítrio não existe e tudo o que acontece já iria acontecer
de qualquer forma pois Deus é tudo e nada foge de seu controle. Como
a vida é um destino inevitável até o fim Espinoza morreu pobre
mesmo com seu legado filosófico, viveu em família judaica e
relativamente rica porém por combater a ignorância ele foi
deserdado e então morreu pobre, porém deixa um legado filosófico
que ultrapassou sua morte. Mais uma vez podemos analisar que o
objetivo de Espinoza era descobrir a verdade e usou dos meios
filosóficos e científicos, assim desafiando a sociedade e então
como consequência foi deserdado e excluído da sociedade.
O desejo de buscar
a verdade e sair dos grilhões da sociedade é um objetivo quase
impossível que estamos combatendo desde o primeiro momento em que
surgiu a propriedade privada. Acho que nossa insignificancia diante
de um universo infinito também só pode ser combatida enquanto que
possamos deixar algo que seja mais forte que a própria morte o que
hoje entendo como um legado, algo que você deixe para outros
continuarem seja lá o caminho que for.
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