Boa noite, hoje eu nem deveria escrever.
Meus dedos estão doendo e amassados de tanto escrever, meus olhos estão quase fechando e minhas costas parece que vão se deteriorar a qualquer momento. Há muitos assuntos que gostaria de falar (escrever) desde a última vez que postei algo aqui, infelizmente as ideias se perderam ao longo dos dias, já que minha memória não é meu forte.
De qualquer maneira, aqui estou. Sem nada planejado, apenas deixando a minha mente e as teclas fluírem em sincronia. Há alguns meses atrás, eu tinha conversado com o Lenon, que uma das coisas que gostaria de tentar em minha vida é aprender o tupi.
Não vou dizer que sou fissurada na cultura indígena nem tão pouco que eu sei muitas coisas. Na verdade eu sei muito pouco, e de fato é culpa minha por não correr atrás e pesquisar... mas voltando ao que eu estava escrevendo antes, eu acho a fala tupi linda.
Tenho um print do linguista Sérgio Freire de 2016 que aguardo até hoje na galeria do meu celular. O comentário que ele faz é referência a uma curiosidade sobre a língua tupi, que diz o seguinte:
Ainda assim, nas escolas e fora delas somos treinados a apagar o passado (mais uma vez) com borracha, afim de idolatrarmos o passado de outros países. Por aqui segue-se o índio marginalizado na sociedade, sem eira nem beira, sendo ao passar do tempo figurantes de sua própria história. Sendo lembrados uma vez por ano ou quando a "história do descobrimento do Brasil" precisa ser contada.
Eu bem sei que tenho uma visão romântica sobre o mundo a minha volta, e assim talvez eu me torne frustada por cada vez mais perceber que o mundo não é tão belo assim... ninguém me disse que era, eu e minha terrível mania de adquirir grandes expectativas. Gostaria de terminar o texto em grande estilo com uma palavra escrita na língua tupi-guarani. Infelizmente não conheço nenhuma que se encaixe aqui, ou se conheço não lembro e nem vou procurar no Google.
Meu corpo doí, minha alma resmunga, só peço que as coisas fiquem bem, seja RAMA ou PÛERA, precisamos estar conscientes de nossas ações no presente.
Meus dedos estão doendo e amassados de tanto escrever, meus olhos estão quase fechando e minhas costas parece que vão se deteriorar a qualquer momento. Há muitos assuntos que gostaria de falar (escrever) desde a última vez que postei algo aqui, infelizmente as ideias se perderam ao longo dos dias, já que minha memória não é meu forte.
De qualquer maneira, aqui estou. Sem nada planejado, apenas deixando a minha mente e as teclas fluírem em sincronia. Há alguns meses atrás, eu tinha conversado com o Lenon, que uma das coisas que gostaria de tentar em minha vida é aprender o tupi.
Não vou dizer que sou fissurada na cultura indígena nem tão pouco que eu sei muitas coisas. Na verdade eu sei muito pouco, e de fato é culpa minha por não correr atrás e pesquisar... mas voltando ao que eu estava escrevendo antes, eu acho a fala tupi linda.
Tenho um print do linguista Sérgio Freire de 2016 que aguardo até hoje na galeria do meu celular. O comentário que ele faz é referência a uma curiosidade sobre a língua tupi, que diz o seguinte:
"O tupi é uma língua que apresenta tempo nominal. O verbo não expressa tempo. Em tupi existe o tempo do substantivo. Para isso, usam se os sufixo RAMA (futuro, promissor, que vai ser) e PÛERA (passado, velho, superado, que já foi)[...] em tupi, o movimento no tempo é o movimento das coisas"Às vezes eu paro o que estou fazendo, simplesmente para reler este print, a sensação que eu sinto é como se eu tivesse acabado de ler uma poesia. E é uma pena como muitos brasileiros não conseguem enxergar as belezas dessa cultura tão rica, mas que ao mesmo tempo é tão pouco conhecida. As lendas antigas, os instrumentos, tantas coisas valiosas que se perdem ao longo do tempo. O "brasileiro" nasceu e cresceu em meio a mata, se desenvolveu nela, conseguiu se adaptar nessa imensidão tropical.
Ainda assim, nas escolas e fora delas somos treinados a apagar o passado (mais uma vez) com borracha, afim de idolatrarmos o passado de outros países. Por aqui segue-se o índio marginalizado na sociedade, sem eira nem beira, sendo ao passar do tempo figurantes de sua própria história. Sendo lembrados uma vez por ano ou quando a "história do descobrimento do Brasil" precisa ser contada.
Eu bem sei que tenho uma visão romântica sobre o mundo a minha volta, e assim talvez eu me torne frustada por cada vez mais perceber que o mundo não é tão belo assim... ninguém me disse que era, eu e minha terrível mania de adquirir grandes expectativas. Gostaria de terminar o texto em grande estilo com uma palavra escrita na língua tupi-guarani. Infelizmente não conheço nenhuma que se encaixe aqui, ou se conheço não lembro e nem vou procurar no Google.
Meu corpo doí, minha alma resmunga, só peço que as coisas fiquem bem, seja RAMA ou PÛERA, precisamos estar conscientes de nossas ações no presente.
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