Desesperança

Olá a todos e todas! Estamos no mês de setembro e parece que cada dia que passa um novo problema surge para tentar arrancar de vez nossas esperanças. De fato, nunca imaginei que viveria um momento tão conturbado como este, jamais pensei em vivenciar o sucateamento da educação, a destruição da Amazônia e a censura a livros e expressão individual em geral. A cada noticia ostentada nos trendings topics do twitter mais o sentimento de impotência cresce. E como não se sentir impotente, quando nessa situação a qual descrevi acima, há pessoas que aplaudem e concordem como se fosse a coisa mais sensata do mundo?

Sabem mais o que me impressiona (negativamente)? É quantidade de jovens da minha idade que legitimam tais atitudes, esses jovens que assim como eu, nascem de famílias humildes, vêm de escolas públicas e muitas vezes está por aí ralando para ter um dinheirinho no final do mês. A consciência de classe deveria ser desenvolvida urgentemente no Brasil! Jovens e mais velhos também que se enquadram nessa situação e ainda acham que pertencem a classe média só por que existem pessoas em situações piores a deles.

Sabe o que é pior? Eles são as verdadeiras massas, pois não ganham nada com isso, pelo contrário, cada vez mais perdem direitos e mais direitos, mas não notam, como se estivessem com visão turva demais para enxergar. Os verdadeiros interessados, a classe média e alta do país, não se esconde mais atrás dos bastidores como em governos anteriores, a segurança da impunidade é tão alta, que nada é mais feito ás escondidas.

E isso é tão perigoso, com esses discursos de ódio ganhando a cada dia mais força, me pergunto quantos acontecimentos serão irreversíveis até o fim deste governo. A desesperança faz morada em mim, mesmo eu tentando a todo custo manter a confiança em dias melhores. Como tantas vezes citado, para Marx a luta de classe é o motor da história e antes da luta é preciso ao menos consciência de classe. Peço resiliência e resistência a todos que conheço e os que não conheço, não só a respeito do governo atual, mas de todos os aspectos em geral, acontecimentos internacionais, tragédias naturais (que vieram e que estão a vir).  Se deem o direito de auto sabotagem algumas vezes, não ser indiferente, mas colocar a saúde mental/física e emocional em primeiro lugar, para que sejamos efetivos nessa longa caminhada.

Caminhada esta que não se encerrará após governo Bozo, mas que perpetuará por muito anos (para não dizer década) ainda.